Deusa basca Mari
Está por cima de todos os demais numes, a que assume.
Estes últimos, atuam sob as suas ordens ou ao seu serviço ou são diferentes formas dela se encarnar e manifestar.
Pode apresentar-se como uma senhora elegantemente vestida, como senhora sobre um carro puxado por quatro cavalos que cruza o céu, como mulher envolta em chamas cruzando o espaço e estendida horizontalmente, como uma mulher grande com a cabeça rodeada pela lua cheia, ou em forma de bezerra, de corvo, como nuvem branca, como arco-íris, etc., etc.
Entre as suas atividades mais frequentes, podemos assinalar: fiar, pentear o seu cabelo comprido, desfiar, fazer novelos de ouro (remetendo tudo isso aos ciclos de vida, morte e regeneração), gerir tempestades.
Ela atende todos os que pedem o seu auxílio, dá conselhos e realiza oráculos.
Quem a visita para solicitar ajuda deve cumprir três formalidades:
tratá-la por tu,
sair da gruta da mesma forma que se entrou (isto é, sair recuando) e
não se sentar até que ela convide a fazê-lo.
Mari condena a mentira, o roubo, a vaidade, o descumprimento da assistência mútua. As pessoas são castigadas com a privação ou a perda do que foi objeto de mentira ou de usurpação.
É dito que Mari se abastece à conta dos que negam a verdade e dos que afirmam a mentira: “ezagaz eta baiagaz” (abastece-se com a negação e com a afirmação mentirosa).
Mari, a Grande Deusa Bruxa, Senhora das Tempestades e Soberana da Terra, que habita nas Coevas ( grutas subterrâneas ) das montanhas, junto das Lamiák.
Mari é representada pela Joaninha ( Marigorri: Mari a Vermelha ), e é venerada junto a seus dois maridos Divinos:
- Akerbeltz ( Bode Negro, em euskera ), Deus Chifrudo das Bruxas Bascas, Senhor da Vida e da Morte, Grande Mestre do Akelarre, que traz a Luz da Sabedoria ardendo entre os Seus Chifres;
- Sugaar, ou Sugoi ( também chamado Maju ), Deus Serpente com quem Mari se une sexualmente nos Céus, para produzir tempestades; e Herensuge, Deus Serpente de várias cabeças, muito invocado como benfeitor dos seres humanos.
Mari também é chamada de Anbotoko Sorgiña ( a Bruxa do Monte Anboto ), Basko Marie ( Mari do Bosque ), entre outras denominações, e é tida como a Senhora das riquezas da Terra.
Ela recebia oferendas de carneiros ou moedas para a obtenção de graças ou para proteção contra as tempestades, já que era a Senhora das Tormentas.
É a Rainha de todos os Espíritos, e possui duas filhas ( em alguns locais, são considerados filhos ): Mikelats e Atarrabi.
Na mitologia basca, Mari é a deusa associada com bruxas, que entre os bascos sao conhecidas como as caminhantes noturnas.
As bruxas no imaginário popular se encontram à noite em algum lugar misterioso, vão de encontro em vôos ao sabath para se juntarem com o Diabo, copular com o mesmo, apresentarem os novos bruxos...
Mari era conhecida como Dama ou Senhora e seria também uma outra deidade primária das bruxas.
Chegando a ser conhecida e ligada à Holda do folclore germânico.
Ela é a deusa principal na mitologia basca.
Seu consorte era um deus serpente ou dragão que vivia na lua.
A representação de Mari a demonstra como uma mulher jovem e muito bela, voando com uma bola de fogo conjurando tempestades.
Comemoração de Mari e dia 8 de Maio, a deusa basca regente da chuva e da seca.
Ela também punia todos os culpados de roubo, mentira e violência.
Às vezes, aparecia como uma mulher madura, atravessando o céu em uma carruagem puxada por cavalos pretos.
Mari morava em um lindo palácio nas nuvens, que ela substituía a cada sete anos.
Podia aparecer, também, como uma árvore em chamas, uma nuvem branca, o arco-íris ou uma velha morando em cavernas, que se metamorfoseava em aves de rapina.
Na mitologia hindu também existe Mari, deusa que personifica a morte, senhora da chuva, da seca e das doenças contagiosas.
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